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Gestão Pública Baseada em Evidências: o papel das pesquisas de avaliação de serviços

27/10/2025
Gestão Pública Baseada em Evidências: o papel das pesquisas de avaliação de serviços

Em municípios, cada decisão tem impacto direto na vida das pessoas. Gestão pública baseada em evidências significa planejar, executar e ajustar políticas com base em dados reais  e, nesse contexto, as pesquisas de avaliação de serviços (saúde, educação, mobilidade, assistência, segurança, atendimento ao cidadão etc.) são o caminho mais rápido para entender o que funciona, o que precisa mudar e onde investir melhor.

O que é avaliação de serviços públicos (e por que importa)

Avaliação de serviços é o conjunto de métodos que medem acesso, qualidade, eficiência e satisfação do cidadão com os serviços municipais.
O objetivo não é “fazer pesquisa por pesquisa”, mas orientar decisões: priorizar recursos, melhorar processos, redesenhar fluxos de atendimento e prestar contas com transparência.

Dimensões mais comuns:

  • Acesso: tempo de espera, distância, horários, canais disponíveis.

  • Qualidade percebida: cordialidade, clareza de informação, resolutividade.

  • Eficiência/efetividade: custo por atendimento, taxa de resolução, impacto social.

  • Equidade: como diferentes grupos (bairro, faixa etária, renda, PCD) vivenciam o serviço.

Onde as pesquisas fazem diferença (exemplos práticos)

  • Saúde: medir tempo até a consulta, disponibilidade de medicamentos e satisfação pós-atendimento para reorganizar a rede.

  • Educação: avaliar merenda, infraestrutura, comunicação escola-família e percepção de segurança para priorizar reformas e ações pedagógicas.

  • Mobilidade: coletar dados sobre linhas, lotação, pontualidade e segurança para redesenhar itinerários e ajustar horários.

  • Atendimento ao cidadão: mapear fila, linguagem dos formulários e resolução na primeira interação para simplificar processos e digitalizar etapas críticas.

Como estruturar uma pesquisa municipal eficaz

  1. Defina o problema e o indicador de sucesso
    Ex.: “Reduzir em 20% o tempo médio de espera no posto X em 6 meses.”

  2. Escolha o método certo (ou combine métodos)

    • Quantitativo: questionários por amostra (telefone, online, presencial).

    • Qualitativo: grupos focais/entrevistas para entender causas.

    • Dados operacionais: integrações com sistemas (tempo, volume, custos).

  3. Amostra e recorte territorial
    Use cotas por região/bairro e perfis demográficos para garantir representatividade e detectar desigualdades.

  4. Questionário enxuto e acionável

    • Satisfação geral (CSAT) + 4 a 6 itens específicos (clareza, tempo, cordialidade, resolução).

    • Campos abertos curtos para “o que manter” e “o que melhorar”.

  5. Periodicidade e comparabilidade
    Rodadas trimestrais ou semestrais com os mesmos indicadores, para acompanhar evolução e testar políticas.

Métricas que ajudam a decidir

    • Satisfação geral (CSAT %) e recomendação (NPS) por serviço/unidade.

    • Tempo de espera e taxa de resolução na 1ª interação.

    • Custo por atendimento e volume de demanda reprimida.

    • Índice de equidade (diferença de experiência entre bairros/grupos).

  • Tendência temporal (melhora/queda) e mapas de calor por território.

Do dado à ação: como transformar achados em melhorias

  • Fila e espera longas? Reorganize escala, abra janelas de horário e priorize serviços de alto impacto.

  • Baixa clareza de informação? Simplifique textos, crie roteiros visuais e treine equipes.

  • Desigualdade entre bairros? Redirecione recursos e crie unidades móveis ou pontos de atendimento itinerantes.

  • Quedas sazonais de qualidade? Planeje reforço de equipe e campanhas informativas em períodos críticos.

  • Feedback recorrente do cidadão? Publique um “Você pediu, a Prefeitura fez” com as melhorias implementadas (prestação de contas fortalece confiança).

Transparência e participação: pilares da sustentabilidade

Divulgue painéis públicos com indicadores-chave, evolução e metas. Convide conselhos e lideranças locais para validar prioridades e acompanhar resultados. Quando a população vê suas demandas virarem entregas, a adesão às políticas aumenta e o ciclo de melhoria se mantém.

Gestão baseada em evidências não é só tecnologia ou números: é ouvir o cidadão com método, medir o que importa e agir rapidamente. Pesquisas bem desenhadas ajudam prefeituras a fazer mais com menos, reduzir desigualdades e entregar serviços que realmente melhoram o dia a dia.

Quer estruturar um programa de avaliação contínua para seu município? Fale com a nossa equipe e receba um desenho de pesquisa com indicadores, amostra e cronograma sugerido.

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